domingo, 14 de outubro de 2012

ESTRATÉGIA E TÁTICA, QUAL A DIFERENÇA?

Empregada ao mundo corporativo, estratégias são as opções existentes em um determinado cenário,
dentro do qual se fazem escolhas com o objetivo de se alcançar vantagens competitivas. Táticas
são as ações objetivas aplicadas para a obtenção dos resultados esperados.
Há outras definições mais objetivas que clareiam os dois conceitos:
· Estratégia é “o que fazer”; tática é “como fazer”
· Estratégia visa gerar oportunidades; táticas visam aproveitar oportunidades;
· Estratégias contêm táticas, mas táticas não contêm estratégias;
Estratégia pode ser associada a um jogo, onde predominam incertezas, probabilidades, pensamento
não necessariamente racional ou lógico. A lógica é caracterizada por ações lógicas, racionais,
portanto de soluções previsíveis.
Estratégia e tática são inseparáveis. Nós as utilizamos rotineiramente quando elaboramos planos ou
tomamos decisões nos ambientes profissional e pessoal.
Estratégia precisa ter objetivos claros e decisivos. Além disso, iniciativa, foco, flexibilidade para
adaptar-se mudanças de rumo. Outros aspectos essenciais: liderança, surpresa, segredo.
Três relatos que retratam estratégias e táticas:
1. Alexandre, O Grande
É noite. Alexandre, O Grande, está a algumas horas de uma das mais difíceis batalhas da sua
vida. Como de hábito reúne-se com seu conselho de chefes para receber as informações do dia.
As notícias não são animadoras. Seus inimigos estão na vantagem de cinco para um, são fortes
e bem armados. Neste cenário é impossível vencer lutando diretamente. Se resolvesse esperar
reforços poderia ser atacado. Alexandre pergunta a seus generais sobre quem comanda o
exército inimigo. A liderança não era uma unanimidade; ele mantinha as várias tribos juntas por
acordos e interesses. O líder inimigo era a única pessoa capaz de manter os exércitos unidos e
sem ele dispersariam. Alexandre sabia disso e pôs-se a discutir com seus generais.
Ao final da reunião chegaram à conclusão que só conseguiriam vencer se matassem o líder. Mas
como isso seria possível? Tinham cinco vezes mais força que o exército de Alexandre!.
Imediatamente Alexandre montou sua estratégia. Informou aos generais que deveriam
concentrar todo o exército para matar o líder inimigo. Aquele que conseguisse ganharia uma
condecoração. Seria matar o líder e recuar. Depois aguardariam a ordem de atacar de novo.
Amanhece e todos os guerreiros de Alexandre e os inimigos estão a postos. Todos sabem o que
fazer. Utilizando o elemento surpresa, Alexandre ordena o ataque. Imediatamente todo o exército
corre em direção ao líder inimigo desprezando o combate generalizado. Em pouco tempo o líder
está morto. O exército de Alexandre recua. A confusão toma conta do lado inimigo. Ninguém
sabe o que fazer e nem a quem obedecer. Percebendo o resultado e antes que os inimigos se
organizem Alexandre envia seus exércitos em massa e no meio da confusão derrota o inimigo.

O Sultão e os ladrões
Conta uma lenda que certa vez dois ladrões foram presos e levados à presença do sultão. Pelas
leis do Islã o roubo é punido com amputações ou com a morte. No caso dos dois a pena seria
capital. Antes o sultão perguntou qual seria o último desejo. O primeiro ladrão pediu uma
refeição de rei com tudo que teria direito. Foi atendido. O segundo pediu ao sultão que não o
matasse agora pois ele poderia fazer seu cavalo voar. Todo mundo sabe que os árabes são
apaixonados por cavalos e o sultão não fugia à regra. Curioso, o sultão perguntou ao homem
quanto tempo ele precisaria para isso. O homem disse que seria necessário um ano. Após isso
poderia matá-lo.
O sultão pôs-se a pensar. Enquanto o sultão pensava o primeiro ladrão ficou curioso e disse:
- “Você está louco? Você sabe que cavalos não voam!”
- “Você está certo...” Completou o segundo ladrão. “Mas você esqueceu que ainda tenho três
ou quatro chances de sair vivo e você morre amanhã bem cedo”, retrucou o segundo ladrão.
- “Mas que chances são essas?”, perguntou o primeiro.
- “Simples: em um ano pode acontecer muita coisa. O sultão pode morrer, o cavalo pode
morrer e eu posso ser o primeiro na história a conseguir fazer o cavalo voar”. Finaliza o segundo
ladrão.
O sultão aceitou o desafio e ainda disse que se ele ou o cavalo morressem antes de um ano o
segundo ladrão estaria livre, pois o acordo estaria sendo feito entre eles dois e o segundo ladrão
não deveria ser punido duas vezes pelo mesmo crime.
No dia seguinte o primeiro ladrão foi executado e o segundo ladrão começava o seu trabalho.
Onze meses depois numa viagem a negócios o sultão fere-se gravemente ao cair do cavalo e
poucos dias depois morre. Seu cavalo é sacrificado, pois havia quebrado a perna.
O segundo ladrão foi libertado e nunca mais se ouviu falar dele.

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